Guardiola na Inglaterra. O que esperar?

Na Inglaterra, Guardiola terá a missão mais difícil da carreira. Técnico assume o City a partir de junho (Foto: AFP)

No Manchester City, o treinador terá um clube à sua imagem e semelhança. Uma instituição preocupada (ou que se diz preocupada) em revelar promessas e ter alguém com um olhar meticuloso para as categorias de base. Até hoje, os Citizens não formaram nenhum nome relevante para o futebol. A situação é, claro, não mudará drasticamente com a chegada do “garimpeiro” Guardiola. Três anos não são suficientes para concretizar uma “revolução”, porém, indicam novas diretrizes.

Guardiola cumprirá o contrato e não ficará nenhum dia a mais. Autor do livro “Guardiola confidencial” (“Herr Pep”, em alemão), o jornalista Martí Perarnau acompanhou de perto o badalado comandante durante um ano no Bayern de Munique e chegou à conclusão de que a doação compulsiva ao trabalho deixa o técnico extenuado e sem energia para seguir adiante no mesmo local.

A descrição de Perarnau coincide perfeitamente com a vida de Pep Guardiola no Bayern de Munique. Obsessivo pela perfeição, o técnico bateu de frente com jogadores, departamento médico, diretoria e até mesmo ídolos do clube. Apesar de títulos e bons resultados, Pep não foi uma unanimidade como ocorreu no Barcelona. E não será no City. A razão é mais simples do que prevê a vã filosofia: o Bayern não é o Barça. E os Citizens tampouco. Cada clube conta com suas particularidades.

Sobre os adversários, será muito mais difícil repetir as goleadas históricas da Bundesliga. Na Premier League, jogar fora de casa contra os “pequenos” muitas vezes é uma dor de cabeça descomunal para o grande. Além disso, teoricamente, o Manchester City dividirá o favoritismo com Arsenal, Manchester United e Chelsea.

Estou curioso para saber como o técnico mais vanguardista dos últimos tempos se sairá no campeonato mais rico do mundo.